O processo de educar os filhos, em toda sua abrangência, nunca esteve tão influenciado pelo meio social, que funciona como um severo manipulador dos movimentos e decisões da família em relação às crianças.

Dificilmente há quem, em um momento ou outo da vida, não tenha cedido por puro cansaço a uma grande influência ou a um pedido mais insistente, ou mesmo a fazer exatamente o que o seu vizinho, os seus amigos ou os filhos dos seus vizinhos insistiram em ser o melhor comportamento ou a melhor escolha a tomar naquele momento. É como se as decisões e princípios pessoais ficassem enfraquecidos por instantes e fossem colocados em dúvida diante de um tsunami de opiniões, tendências, exemplos e pressões vindos de fora, de um modo incisivo e quase inquestionável. Afinal, nesses momentos, parece mesmo que somos as únicas pessoas a andar na contra mão.

O meio social influencia na educação dos filhos

               A sociedade na qual estamos inseridos exerce um papel de incentivador (tanto bom quanto ruim) nos movimentos e tomadas de decisões familiares em várias questões educacionais. Porém, nunca foi tão contundente como na atualidade, onde os modismos, a superficialidade, a inconsistência de valores e a busca incessante pela manutenção da juventude e da aparência, do status social e econômico tomaram uma importância sem igual no momento das grandes escolhas.

Em decorrência disso, quando os pais assumem seguir na “contra mão”, entra em cena a sensação de culpa, de fracasso, de desajuste da imagem de muitos jovens e não tão jovens pais que, sentindo-se eternos devedores de seus filhos, tornam-se pessoas angustiadas, sem saber como agir diante desse tipo de questão. Ceder a essas pressões ou agir de acordo com o que julgam correto e, assim, correrem o risco de serem criticados pelos amigos?

Devemos tomar cuidado coma fragilidade da concepção do papel de pai e mãe que está rondado as famílias hoje e perceber que a responsabilidade em dar educação, limites, modelos e valores é desenvolvida no desempenho desses papéis, portanto não é correto passar essa tarefa a terceiros.

 

 

Yara Giambona

Psicóloga CRP 109258-6